O Comando Nacional dos Bancários (CNB) divulgou ontem (25) que 10.024
agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, em
todo o país, não abriram as portas para atendimento ao público nesta
quarta-feira, sétimo dia da greve iniciada no último dia 19; inclusive
com paralisação de setores estratégicos como call centers. A Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical dos banqueiros, não tem se
manifestado sobre a paralisação e nem em relação ao posicionamento dos
patrões sobre a possível retomada das negociações.
A proposta da
Fenaban, de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação dos últimos 12
meses, foi apresentada no dia 5 de setembro e rejeitada pelos bancários
em assembleias no dia 12, em todo o país. Os trabalhadores reivindicam
11,93%, soma da inflação mais 5% de ganho real, além de benefícios
sociais. "Os bancos estão há 20 dias calados, intransigentes, sem
negociar com os bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade.
Vamos fortalecer ainda mais o movimento, ampliar ainda mais as
paralisações, para forçar a reabertura das negociações visando a
conquistar uma proposta decente , com aumento real de salário”, disse
Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do CNB, que representa 95%
dos 490 mil bancários do país.
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