O deputado Nélter Queiroz (PMDB) defendeu, na sessão de ontem, a
apresentação de um pedido de impeachment, termo que denomina o processo
de cassação de mandato do chefe do poder Executivo. Para ele, a
governadora Rosalba Ciarlini deve ser afastada do cargo por não estar
atendendo às expectativas da população. "Esta casa tem que tomar as
providências", disse o parlamentar que ainda sugeriu aos deputados do
PMDB que não votem projetos encaminhados pelo Governo do Estado enquanto
não houver negociação com categorias grevistas.
"O assunto que está
nas ruas, em todos os recantos do RN, é a péssima gestão do Governo
Rosalba Ciarlini. Não é de hoje que a situação da segurança, saúde,
centrais do cidadão, de todos os órgãos do Governo do Estado, da falta
de professores de várias escolas, em municípios do interior, está em
pauta em todas as rodas de conversa. Esta Casa vem recebendo comissões
de várias classes de servidores. A Assembleia tem feito o seu papel",
declarou.
Durante seu pronunciamento, Nélter falou sobre uma reunião
entre os servidores do Itep e a Polícia Civil com o chefe do Gabinete
Civil, Carlos Augusto Rosado. Segundo o deputado, Carlos Augusto teria
afirmado que dos 500 servidores do Itep, apenas 50 seriam qualificados.
"Essa é a palavra do Governo do Estado, representado pelo chefe do
Gabinete Civil. Ele chamou os funcionários de incompetentes. Todos
tinham a esperança de negociação, a sensibilidade dos governantes. Mas o
Governo acirrou os ânimos, ao invés de ser sensível, humilhou os
servidores", declarou o deputado.
Os deputados Ezequiel Ferreira
(PDT), Fábio Dantas (PCdoB), Gustavo Fernandes (PMDB), Márcia Maia
(PSB), George Soares (PR) e Hermano Morais (PMDB) apartearam Nélter
concordando com as críticas feitas ao Governo e cobrando providências
com relação aos grevistas. "As categorias precisam ser escutadas pelo
Governo que, lamentavelmente, trata com desdém os servidores, não só os
do Itep, mas os que fazem nossa segurança. Aliás, segurança que está
combalida. Onde a gente chega, em qualquer cidade, é reclamação sobre
segurança. Parece que o nosso discurso não está chegando ao Governo do
Estado. Nossa intenção era estar aplaudindo a administração, mas,
infelizmente, não é possível", disse Ezequiel Ferreira.
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