O vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD),
poderá retornar às origens partidárias, o PMDB, e disputar o governo do
Estado pelo partido dos líderes Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Alves
Filho. Conversas neste sentido já acontecem e visam harmonizar os
projetos tanto do PMDB, que rompeu com a governadora Rosalba Ciarlini
(DEM) e quer apoiar um candidato para o governo, quanto do
vice-governador, que deseja ser este candidato.
O PMDB reafirmou ontem, durante reunião com prefeitos, vice-prefeitos
e lideranças do partido, o afastamento político em relação ao governo
Rosalba Ciarlini (DEM) e a necessidade de ter candidato próprio a
governador. Apesar disso, o partido não definiu um nome para representar
a legenda no pleito de 2014.
A dificuldade acontece porque as principais lideranças da sigla, o
ministro da Previdência, Garibaldi Filho, o presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves, e o líder do PMDB na Assembleia
Legislativa, Walter Alves, descartam encarar a candidatura a governador
no próximo ano.
Principal liderança eleitoral do PMDB, Garibaldi apelou durante o
encontro de ontem para que “esquecessem” do nome dele enquanto candidato
a governador. Walter Alves, por sua vez, anunciou o projeto de disputar
a reeleição para a Assembleia Legislativa. Já Henrique trabalharia com a
hipótese de reeleição para a Câmara dos Deputados, com vistas a tentar
se reeleger presidente da Casa.
Aos mais íntimos, Garibaldi tem revelado “preocupação” com a falta de
candidatos no PMDB. Chegou a circular, entre peemedebistas, que o plano
“A” do partido seria a candidatura de Henrique; o “B”, a de Walter
Alves; o “C”, o apoio à candidatura do atual prefeito de Natal, Carlos
Eduardo Alves, que é de outro partido, o PDT; e que, somente em último
caso, Garibaldi assumiria uma candidatura, como plano “D” do PMDB.
A declaração de Garibaldi, ontem, pedindo para “esquecê-lo” como
candidato, foi interpretada, contudo, como um claro sinal de que os
planos do PMDB para a sucessão de 2014 foram exauridos sem sucesso. O
próprio Carlos Eduardo teria refletido sobre os riscos de renunciar a
Prefeitura de Natal e teria desistido da ideia de ser candidato, já que
ele perderia a maior Prefeitura do Estado e poderia ter insucesso
eleitoral na disputa pelo governo e ficaria sem mandato. Neste cenário,
portanto, Robinson pode surgir como plano “E”, transplantado para plano
“A” do PMDB.
do portal JH
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