A “Operação Ponto Final” – desencadeada
hoje pela Polícia Civil (com suporte do Ministério Público), nasceu
documentalmente de um trabalho de inspeção do Tribunal de Contas do
Estado (TCE). Mas já existiam indícios e denúncias de irregularidades
funcionais na Saúde Pública do Estado, perscrutadas pelo MP.
A ocupação hoje pela manhã do Hospital
Regional Tarcísio Maia (HRTM), em trabalho comandado pelos delegados da
Polícia Civil Fábio Montanha e José Vieira (veja postagem mais abaixo), é
reflexo de apurações preliminares.
Só com o pagamento de adicionais de
insalubridade na Saúde, o Governo do Estado pagou o total de R$
32.688.453,85 no exercício de 2011.
O HRTM é uma ponta desse iceberg. A busca e apreensão não visa só essa unidade hospitalar. Outros endereços são visitados.
A rapinagem no sistema de saúde é caso antigo, sistêmico e endêmico.
À semana passada, o TCE publicou matéria oficial atestando o escândalo na Secretaria de Saúde Pública do Estado (SESAP).
Identificou que pelo menos 600
servidores estão espalhados sem que a Sesap saiba onde estão lotados e
sequer se realmente trabalham.
Pagamentos de adicional de
insalubridade, plantões eventuais e acumulação ilícita de cargos não
faltam no rastro de investigações.
Veja, abaixo, resumo do que o TCE noticiou à semana passada, para entender melhor a Operação Ponto Final:
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado
acatou, na manhã desta quinta-feira (19), voto do conselheiro Carlos
Thompson pela realização de inspeção especial na Secretaria de Estado de
Saúde Pública – SESAP, mais precisamente para apurar irregularidades
nos pagamentos de adicional de insalubridade, plantões eventuais e
analisar a situação de quase 600 servidores em área de transferência ou
sem lotação definida, além da possível acumulação ilícita de cargos
públicos.
O conselheiro concedeu um prazo de 45 dias para a diretoria de Pessoal do TCE apresentar diagnóstico da situação.
A decisão de Carlos Thompson foi baseada
em relatório elaborado pelos Inspetores de Controle Externo do TCE,
José Monteiro Coelho Filho, Anne Emília Costa Carvalho e Vilmar Crisanto
do Nascimento, que ao analisarem o Relatório de Execução Orçamentária
da Secretaria de Saúde, detectaram as possíveis irregularidades. A
auditoria da Inspetoria do TCE encontrou no ano 2011, na SESAP, um
dispêndio de R$ 32.688.453,85 com o pagamento dos adicionais.
do blog carlos santos
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