Municípios do Norte e do Nordeste serão os maiores beneficiados pelo
trabalho do primeiro grupo de médicos cubanos que chegaram ao Brasil
após acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas) dentro do programa Mais Médicos. No Rio Grande do Norte, 7
profissionais cubanos atuarão em 3 municípios, sendo dois em Riacho de
Santana, três em São Miguel, ambos no Alto Oeste, e dois em São Tomé.
“Com a participação dos profissionais cubanos, já neste primeiro mês
do programa, conseguiremos oferecer médicos a uma parte dos 701
municípios que não tinham sido selecionados por nenhum médico
brasileiro, nem estrangeiro”, disse o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha.
Entre os 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico
no chamamento individual, a distribuição dos profissionais entre os
municípios priorizou cidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) – 13 têm índice muito baixo (até 0,5) e 133 têm desempenho baixo
(de 0,5 a 0,599), conforme a definição do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud).
Na última sexta-feira (30), o Ministério da Saúde concluiu a segunda
rodada de inscrições no programa Mais Médicos, com a adesão de mais 514
cidades e 25 distritos indígenas. Com isso, já são 4.025 cidades
participantes, demandando 16.625 vagas – 7,5% mais que o pedido feito na
primeira etapa, que apontou necessidade de 15.460 médicos.
Os médicos brasileiros começaram a se apresentar na última
segunda-feira (2) aos municípios em que trabalharão. Ao todo, 1.096
profissionais selecionaram vagas em unidades básicas de saúde em 454
municípios e 16 distritos de saúde indígena.
Para conferir quantos e quais profissionais já começaram a trabalhar
nas prefeituras, a coordenação nacional do programa e as coordenações
estaduais iniciaram contato com todos os municípios participantes. Até
amanhã, quarta-feira (4), todos terão de informar se o médico já se
apresentou e se já justificou qualquer atraso no início do atendimento à
população. As secretarias municipaispodem colocar as vagas que seriam
ocupadas pelos médicos desistentes à disposição dos 3.016 profissionais
inscritos na segunda etapa do programa até esta quarta.
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