sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Policiais civis rebatem informações do governo sobre greve e intensificam ações

Aos gritos de “Fora, Rosalba”, os servidores da Polícia Civil e do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep), demonstraram na manhã de hoje (5) o clima de total indignação e tristeza que as duas categorias sentem com a pouca atenção com que o Governo do Estado as trata. Eles revelaram ainda revolta com as propostas apresentadas pelo executivo durante a reunião da última terça-feira, quando o secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, entregou um papel sem o timbre oficial ou qualquer assinatura dos representantes estaduais, com seis pontos que poderiam ser atendidos.
“Esse papel não tem qualquer valor e demonstra o total desrespeito e abandono com que o Governo trata a Polícia Civil e o Itep. Nós esgotamos todas as tentativas para que os gestores apresentassem uma contraproposta passível de análise e não a afrontosa e desrespeitosa como a que foi dita e apresentada na última terça-feira (3). Diante disso e dos apelos feitos ao chefe da Casa Civil, nos retiramos da sala por entendermos que não haveria negociação”, explicou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores em Segurança Pública (Sinpol), Djair Oliveira.
Ele disse também que, apesar da pauta apresentada pelo Sinpol/RN ao executivo conter as reivindicações tanto dos agentes e escrivães da Polícia Civil como dos servidores do Itep, estes foram excluídos da contraproposta apresentada por Carlos Augusto, que afirmou, de forma categórica, que não encaminharia o anteprojeto que cria o Estatuto e a Lei Orgânica da categoria à Assembleia Legislativa.
“É só isso que a categoria reivindica e, mesmo assim, ele afirmou que não tinha nada a oferecer aos servidores do Itep, como se eles não existissem. Disse que só faria isso após o Estado sair da situação em que está. Nós esperávamos que o Governo fosse dar o mesmo tratamento digno dispensado aos servidores da Educação e Saúde, mas isso não aconteceu”, desabafou Djair.
Para as duas categorias, a proposta apresentada pelo Governo do Estado demonstra um grande desrespeito da gestão com a Segurança Pública do Rio Grande do Norte e o não reconhecimento do abandono e do caos enfrentado pela Polícia Civil e pelo Itep. Diante disso, eles decidiram intensificar a greve, que completa um mês amanhã.
Além disso, dos seis pontos apresentados pelo Estado, parte deles não atende às necessidades básicas da Polícia Civil, como é o caso da aquisição de armamento, coletes a prova de balas e algemas. Conforme o documento, que não tem timbre ou assinatura de nenhum dos representantes estaduais, o material é apenas para os policiais que forem convocados.
“Ele (Carlos Augusto) disse que o material seria entregue apenas para os convocados, e que os que já estão trabalhando não receberiam nada porque o Estado não tinha condições. Isso é brincar com a vida dos servidores, que trabalham em exposição constante e riscos de morte e outras consequencias graves. E isso só reforça o total abandono e descompromisso do Governo com a Polícia Civil e o Itep”, afirmou.
Atualmente, além dos agentes e escrivães da Polícia Civil e dos servidores do Itep, os delegados civis também estão de braços cruzados, reivindicando melhorias nas condições de trabalho.  Sem contar no caos denunciado constantemente pelos juízes da Infância e Juventude no sistema socioeducativo e pelos agentes penitenciários, sobre as unidades prisionais do Estado, que possui dez unidades sob intervenção judicial, por precárias condições de funcionamento e iminente risco de vida para apenados e servidores estaduais.

do portal JH

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