A governadora
Rosalba Ciarlini, do DEM, está inelegível. E poderá continuar assim até 2020,
ficando fora de toda e qualquer disputa política, inclusive, a de 2014, quando
tentaria a reeleição para o Governo do Estado. A condição da chefe do Executivo
Estadual é consequência da condenação sofrida junto a prefeita afastada de
Mossoró, Cláudia Regina (DEM), que foi cassada na semana passada por conduta
vedada nas eleições municipais de 2012.
Nessa
sentença, Rosalba entrou como litisconsorte passivo, ficando inelegível por
oito anos. Não recorreu da decisão e o prazo, segundo a 34ª Zona Eleitoral de
Mossoró, onde ela foi condenada, expirou na última sexta-feira. Com isso, o
processo poderia estar “transitado em julgado” para a governadora, ou seja, já
sem condição de recurso. Consequentemente, Rosalba estaria, realmente,
inelegível por oito anos.
A
condenação de Rosalba Ciarlini foi consequência da participação dela na
campanha eleitoral de Mossoró. Apoiadora de Cláudia Regina, Rosalba teria
utilizado a máquina pública estadual para beneficiar a candidata. Entre os
itens usados e abusados pela governadora, destaca-se o avião oficial do Governo
do RN, que Rosalba teria utilizado para fazer seguidas viagens à “Capital do
Oeste”, para participar da campanha eleitoral Democrata.
A conduta
vedada rendeu a gestora à inclusão no processo como litisconsorte passivo, uma
espécie de “coautora” da ação irregular. E, apesar de não perder o mandato que
ocupa, ou seja, o Governo do Estado, a governadora ficou inelegível por oito
anos, assim como Cláudia Regina.
A diferença,
aí, é que Cláudia Regina recorreu da sentença e fez isso de duas formas: por
meio de medida cautelar (já no Tribunal Regional Eleitoral e com julgamento
previsto para a terça-feira, 8) para que ela possa volta à Prefeitura de
Mossoró enquanto o recurso não é julgado; e o próprio recurso, que ainda está
na zona eleitoral, para análise, antes de “subir” para a Corte superior.
Planos
É
importante lembrar que, se confirmando a inelegibilidade de Rosalba Ciarlini,
são apenas “confirmadas” as especulações que já antecipavam a “desistência” da
governadora de disputar a reeleição em 2014. Enfrentando o isolamento político,
a gestora estadual já estaria enfrentando um processo de “inviabilidade
eleitoral”, perdendo até mesmo o apoio do próprio partido.
O DEM,
neste momento, já estaria interessado em garantir a reeleição dos deputados
estaduais e federal. Por isso, negociaria a aliança na proporcional com
partidos como o PMDB, que já revelou algumas vezes que tem candidatura própria
para a eleição em 2014.
do portal noAr
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