A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) defendeu a lisura do seu
governo, afirmando que não há escândalos e que combate a corrupção. Ele
chegou a fazer menção indireta à ex-governadora Wilma de Faria,
presidente estadual do PSB e atual vice-prefeita de Natal, afirmando que
na atual gestão inexistem escândalos de corrupção, diferentemente da
gestão da antecessora.
“Olhe, em meu governo não tem escândalo de saúde, Operação Hígia, de se
contratar banda de forma irregular, não houve nada disso. Nós temos,
inclusive, tido uma postura de total combate à corrupção”, afirmou a
governadora, em entrevista ao “Jornal da Cidade”, da FM 94.
As palavras de Rosalba lembram a operação da Polícia Federal que em
2008 resultou na prisão do advogado Lauro Maia, filho da ex-governadora
Wilma de Faria, suspeito de praticar tráfico de influência como
integrante de um esquema que teria desviado cerca de R$ 36 milhões dos
cofres públicos do Estado, via Secretaria Estadual de Saúde. O caso
ainda está sendo analisado pela Justiça Federal.
Além disso, Rosalba também fez menção ao Foliaduto, desvio de R$ 2,2
milhões de verbas do Tesouro Estadual por meio de processos fraudulentos
de contratação de bandas via Fundação José Augusto (FJA), em 2005.
Apesar de associar o caso a Wilma, o irmão da ex-governadora, então
secretário-chefe do Gabinete Civil, Carlos Faria, acusado pelo
Ministério Público de ser o “autor intelectual” do desvio, foi excluído
da ação pela Justiça. O Ministério Público recorreu. Em nenhum dos
episódios, há indício de participação direta da ex-governadora, o que
garantiu a ela o direito de se candidatar a vice-prefeita nas eleições
passadas. Wilma é pré-candidata do PSB a governadora do Estado nas
eleições de 2014.
Ainda ao falar sobre a inexistência de escândalos na sua
administração, Rosalba disse que “qualquer informação de que esteja
havendo qualquer tipo de mau uso do dinheiro público, nós não
tripudiamos (sic) em demitir, em abrir processo, porque o dinheiro que
nós trabalhamos é do povo”, afirmou.
As respostas de Rosalba se derem no contexto de defesa às declarações
de Wilma no dia anterior, quando a ex-governadora acusou a gestão atual
de má administração e de falta de transparência. Quanto a isso, Rosalba
disse que “esse governo tem um Portal da Transparência, está lá na
internet, para todo mundo ver o que se paga, o que se deixa de pagar, às
vezes até sendo questionado, levantam, comentam, porque está ali
dizendo claramente os recursos e como estão sedo gastos”, observou.
Rosalba ainda lembrou que o secretário Obery Rodrigues (Planejamento e
Finanças) entregou ao Ministério Público os extratos bancários para
serem usados na instrução do inquérito civil aberto pela Procuradoria
Geral de Justiça com vistas a esclarecer a situação financeira e
orçamentária estadual. “E o Ministério Público quis saber mais detalhes,
acompanhar a conta. Qual foi o governo que fez isso, de entregar (os
extratos) ao Ministério Público? Eu poderia até arguir judicialmente”,
disse, criticando a falta de transparência do governo federal no tocante
aos gastos com cartões corporativos. “O próprio governo federal é em
segredo as despesas de cartão corporativo, e o Estado não tem cartão
corporativo. Talvez outros órgãos tenham e é até bom a imprensa saber se
tem. Os cartões corporativos do governo federal ficam em segredo a sua
destinação; se sabe o valor total, mas não a que se destina”, ressaltou.
do portal JH
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