da Agência Brasil
Brasília - Quem costuma sofrer com os efeitos do adiantamento dos
relógios em uma hora, por causa do horário de verão, deve começar a se
preparar agora, duas semanas antes do início da medida, marcada para o
dia 20 de outubro. Segundo o especialista em transtornos do sono e
professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília
(UnB) Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, a atenção deve ser redobrada
para as crianças, idosos e para aquelas pessoas que não podem ter seu
rendimento funcional reduzido durante o dia.
A dica é acordar 15 minutos mais cedo durante três dias, depois passar
para meia hora durante mais três dias, depois para 45 minutos, até
chegar a uma hora de adiantamento. “Isso vai fazer com que, ao chegar o
horário de verão, você não vai sentir absolutamente nada de diferença”,
explica.
Para o especialista, a mudança no horário é um atentado à saúde da
população. “Eles tentam adiantar o horário para que se poupe energia,
mas a gente nunca vê uma justificativa nem um relatório convincente ao
final do período e a gente repara na quantidade de pessoas que sofrem ao
acordar uma hora mais cedo”, diz Rodrigues.
O horário de verão, que nesta temporada vai até o dia 16 de
fevereiro de 2014, vai valer para todos os estados das regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste. O Tocantins, que chegou a aderir no ano passado,
foi excluído novamente este ano e a Bahia, que adotou o horário em
2011, também está fora da mudança.
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no
verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas. A medida é
adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por
causa da posição da Terra em relação ao Sol e a luminosidade natural
pode ser melhor aproveitada, reduzindo o consumo de energia nos horários
de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é
mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas. Também no
fim do ano há um aumento na demanda por energia, resultante do calor e
do crescimento da produção industrial devido ao Natal.
Na última temporada (2012/2013), o horário de verão gerou uma
economia de 4,5% no período de pico (entre as 18h e as 21h) nos estados
em que foi implementado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário