domingo, 13 de outubro de 2013

PMs envolvidos em extermínio vão para penitenciária Federal em Mossoró




Cinco dos 22 acusados de participação em um suposto grupo de extermínio que, segundo investigações, teria envolvimento em mais de 20 homicídios na Grande Natal foram transferidos neste sábado (12) para a Penitenciária Federal de Mossoró, distante 285 quilômetros de Natal. Eles foram presos durante a operação Hecatombe, que foi deflagrada em agosto pela Polícia Federal.
A transferência dos acusados, que estavam detidos no Batalhão de Operações Especiais (BOPE), da Polícia Militar, foi autorizada pelas pelas juízas Giselle Priscila Cortez Guedes Draeger, Suzana Paula de Araújo Dantas Correa e Denise Léa Sacramento Aquino, da comarca de São Gonçalo do Amarante, onde tramita o processo. O  juiz federal Walter Nunes fez a determinação atendendo pedido do Ministério Público. 
Em documento que consta no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, elas argumentam que “a medida é necessária à segurança pública” e citam que alguns dos acusados “conseguiram acesso dentro do presídio militar a telefones celulares, tendo entrado em contato com presos de outras unidades prisionais, membros de quadrilha e familiares”.
Outros cinco detidos na Hecatombe continuam presos em Natal, mas serão transferidos para Mossoró no começo da semana. Ao que tudo indica isso será feito na segunda-feira (14). 
Presídios federais e RDD
Além de Mossoró, o Brasil dispõe de outras três unidades prisionais federais: Catanduvas, no Paraná ; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul ; e Porto Velho, em Rondônia.
Estas unidades trabalham de acordo com o Regime Disciplinar Difereciado (RDD), que visa dificultar as ações organizadas e supostamente lideradas por internos dos presídios.
No RDD, o preso é mantido em cela individual 22 horas por dia e pode ser visitado por até duas pessoas em uma semana. O banho de sol é de duas horas, no máximo. Além disso, não é permitido receber jornais ou ver televisão. Ou seja, qualquer contato com o mundo externo.
O preso poderá ficar sob este regime por 360 dias, renováveis por mais dias, mas não poderá exceder um sexto da pena a ser cumprida, tendo que retornar ao regime prisional tradicional.
Outras medidas buscam manter o isolamento dos presos como instalação de detectores de metais nos presídios e utilização de bloqueadores de celular e rádio transmissores.


fonte portal noAr

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