Cinco dos
22 acusados de participação em um suposto grupo de extermínio que, segundo
investigações, teria envolvimento em mais de 20 homicídios na Grande Natal
foram transferidos neste sábado (12) para a Penitenciária Federal de Mossoró,
distante 285 quilômetros de Natal. Eles foram presos durante a operação Hecatombe,
que foi deflagrada em agosto pela Polícia Federal.
A
transferência dos acusados, que estavam detidos no Batalhão de Operações
Especiais (BOPE), da Polícia Militar, foi autorizada pelas pelas juízas Giselle
Priscila Cortez Guedes Draeger, Suzana Paula de Araújo Dantas Correa e Denise
Léa Sacramento Aquino, da comarca de São Gonçalo do Amarante, onde tramita o
processo. O juiz federal Walter Nunes fez a determinação atendendo
pedido do Ministério Público.
Em
documento que consta no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte,
elas argumentam que “a medida é necessária à segurança pública” e citam que
alguns dos acusados “conseguiram acesso dentro do presídio militar a telefones
celulares, tendo entrado em contato com presos de outras unidades prisionais,
membros de quadrilha e familiares”.
Outros
cinco detidos na Hecatombe continuam presos em Natal, mas serão transferidos
para Mossoró no começo da semana. Ao que tudo indica isso será feito na
segunda-feira (14).
Presídios
federais e RDD
Além de
Mossoró, o Brasil dispõe de outras três unidades prisionais federais:
Catanduvas, no Paraná ; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul ; e Porto Velho, em
Rondônia.
Estas
unidades trabalham de acordo com o Regime Disciplinar Difereciado (RDD), que
visa dificultar as ações organizadas e supostamente lideradas por internos dos
presídios.
No RDD, o
preso é mantido em cela individual 22 horas por dia e pode ser visitado por até
duas pessoas em uma semana. O banho de sol é de duas horas, no máximo. Além
disso, não é permitido receber jornais ou ver televisão. Ou seja, qualquer
contato com o mundo externo.
O preso
poderá ficar sob este regime por 360 dias, renováveis por mais dias, mas não
poderá exceder um sexto da pena a ser cumprida, tendo que retornar ao regime
prisional tradicional.
Outras
medidas buscam manter o isolamento dos presos como instalação de detectores de
metais nos presídios e utilização de bloqueadores de celular e rádio
transmissores.
fonte portal noAr
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