Pela primeira vez na história um prefeito de Mossoró é afastado das
funções por conta de crimes eleitorais. Em nove meses de mandato,
Cláudia Regina (DEM) acumula três cassações, o que faz dela a prefeita
mais cassada da história do município.
O afastamento de Cláudia
ocorre exatamente às vésperas da comemoração de um ano da vitória
eleitoral obtida por ela nas urnas em 7 de outubro de 2012, quando ela
venceu a eleição mais apertada em Mossoró desde a redemocratização com
apenas cinco mil votos de maioria sobre Larissa Rosado (PSB).
Os
resultados judiciais mostram o quanto a eleição de Cláudia foi
controversa. São, ao todo, 24 processos que podem resultar em perda de
mandato. Seis já foram julgados. Ela foi absolvida em três, sendo que em
um deles o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou que o
julgamento fosse refeito porque à época o juiz da 34ª Zona Eleitoral,
Pedro Cordeiro, não ouviu testemunhas-chave do processo que envolvia a
nomeação no Detran da filha do então vereador Chico da Prefeitura, em
troca de apoios políticos.
A prefeita já tinha outras duas cassações. Uma por abuso de poder político e econômico e outra por abuso de poder midiático.
Além
disso, a prefeita esteve por alguns minutos cassada em definitivo no
TRE por conta da cassação rejulgada em primeira instância. É que em
março, quando cassou Cláudia pela primeira vez, o juiz da 33ª Zona
Eleitoral, Herval Sampaio Júnior, entrou em férias e foi substituído por
Pedro Cordeiro. Ele refez a sentença ao responder a embargos de
declaração. Como a defesa de Cláudia não entrou com recurso eleitoral
cinco juízes do TRE entenderam que não caberia mais recurso. No entanto,
dois deles, Carlo Virgílio e Nilson Cavalcanti, mudaram o voto e o
então presidente da corte João Rebouças modificou o voto.
de o mossoroense
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