Depois de trinta decisões desfavoráveis na Justiça, elas ainda 'vendem' o que não poderão entregar
A semana política em
Mossoró foi marcada por mais um surto de boato, quanto à prefeita e
vice cassados e afastados de Mossoró, Cláudia Regina (DEM) e Wellington
Filho (PMDB). Enfim, algo cansativo e desgastante, principalmente para
eleitores dos cassados, submetidos a novos constrangimentos.
Foram cassados e afastados em quatro
decisões, a última tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 5
de dezembro de 2013. Desde então, sobrevivem politicamente de
noticiário faz-de-conta. De embustes.
Apenas uma reduzida militância
cibernética – que não para de encolher – promove essa liturgia
profética, sem um pingo de fundamento jurídico ou político. Parecem
fazer parte de uma ceita que acredita no retorno de uma divindade.
É como a lenda de Dom Sebastião de
Portugal, que sumiu numa cruzada para submeter árabes hereges ao
cristianismo. Durante séculos ficou sendo aguardado de volta. Nunca
reapareceu.
Francamente!
Há uma recorrente alimentação de boatos e
notas laboratoriais na imprensa e redes sociais, que busca manter a
imagem da prefeita cassada em evidência. Do ponto de vista do marketing
político, aceitável.
Contudo os fatos abundantes,
contundentes e inquestionáveis trabalham contra esse estratagema,
insultando a inteligência do grosso da população e até mesmo
ridicularizando os próprios eleitores da prefeita cassada. Eles, os de
boa-fé, não merecem isso.
Alijados
Cláudia e Wellington estão alijados da
iminente disputa eleitoral suplementar de Mossoró, apesar do noticiário
espalhado “vender” a ideia de que ela será candidata novamente, mesmo
após 12 cassações em primeiro grau, mais 12 desfavoráveis em segundo
grau, além de seis recusa de pedido de liminar para voltar ao cargo, no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Resumindo: são trinta (30) decisões
contra eles nas três instâncias. Anote, por favor: são trinta (30)
decisões contra eles nas três instâncias.
Enfim, é algo surreal, essa roda de bobo que já dura quase quatro meses.
À semana passada, foi plantada a notícia
de que o casal Carlos Augusto Rosado-governadora Rosalba Ciarlini
apoiava Cláudia para prefeito. Novo estelionato da “Rosa”, que promete
aquilo que não pode cumprir.
Maquete
Na campanha de Cláudia e Wellington, em
2012, Rosalba anunciou que daria um estádio de futebol de quase R$ 40
milhões para Mossoró. Nunca botou uma carroça de arisco para a tal obra.
Ficou na imagem dos enganados, a foto dela ao lado de uma maquete, se esbaldando de rir. Tinha motivos para o largo sorriso.
Com a “nova” candidatura de Cláudia, a estratégia é parecida. Vende o que não pode entregar.
Como não conseguiu demover a prefeita
cassada da ideia de sair de cena e apoiar uma outra escolha ao pleito
suplementar, Rosalba manda anunciar que a tem como candidata. Satisfaz o
ego da aliada indócil e estica a corda, para obter adiante seu esforço à
candidatura que for ungida.
O eleitor humilde, aquele militante
apaixonado e o comissionado que se afastou do cargo na prefeitura
acreditando na “volta”, terminam torturados com requintes de
perversidade. É um mau-trato psicológico desumano.
O perigo é que os efeitos desse “enrolation” terminem se voltando contra ambas, numa condenação ainda pior: o desprezo dos enganados.
Brincam com o capital que adquiriram, quando poderiam solidificar esse patrimônio sendo apenas sinceras.
Só isso.
do blog carlos santos
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