quarta-feira, 19 de março de 2014

Henrique vai ser o candidato ao Governo

Doze anos depois de ensaiar uma candidatura ao Governo do Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, deverá ser o nome do Partido do Movimento Democrático Brasileiro ao Governo do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro próximo. As últimas conversas do parlamentar e dirigente do PMDB potiguar confirmam sua intenção de concorrer à chefia do Poder Executivo norte-rio-grandense.
 No final de semana passado, acompanhado pelo ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho, além da vice-prefeita Wilma de Faria (PSB) e da deputada estadual Márcia Maia, Henrique Eduardo Alves reuniu-se com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que é presidente estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
 De acordo com informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE por uma fonte com assento na executiva potiguar do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves estava aguardando uma posição oficial por parte do prefeito Carlos Eduardo Alves para que pudesse confirmar a sua disposição de concorrer ao Governo do Estado pela primeira vez, ao longo de quatro décadas e meia de vida pública.
 Além do PDT, o presidente da Câmara dos Deputados também postulava o apoio do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Tanto que, para assegurar a presença dos socialistas na coalizão que está se formando, reservou a vaga de candidatura ao Senado da República, para Wilma de Faria em detrimento a intenção do Partido dos Trabalhadores (PT) que já havia apresentado o nome da deputada federal Fátima Bezerra como postulante ao cargo.
 A vaga de candidato a vice-governador na chapa que tende a ser encabeçada pelo deputado Henrique Alves será destinada ao Partido da República (PR). O nome do presidente da sigla republicana no Rio Grande do Norte, deputado federal João Maia, deve ser indicado como companheiro de chapa do presidente da Câmara dos Deputados na sucessão estadual.
  A coalizão de forças montadas pelo deputado Henrique Alves engloba, além do PMDB, PSB e PDT, o Partido da Reconstrução da Ordem Social (PROS), o Partido Verde (PV), o Partido Republicano Brasileiro (PRB). As legendas citadas acompanharão o PMDB em uma aliança que será formada tanto para a disputa proporcional quanto a disputa majoritária.
 Recentemente, em visita a residência de praia da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), Henrique Eduardo Alves admitiu que, em se formando uma ampla força de partidos em torno do seu nome, poderia sim concorrer ao Governo do Estado, embora não deixasse de citar o nome do ex-senador Fernando Bezerra. Com a coalizão praticamente formada, incluindo o amparo do PSB e do PDT, Henrique deve se apresentar como pré-candidato à chefia do Poder Executivo do Rio Grande do Norte.
  "Nós vamos ouvir o partido para definirmos o nosso caminho, sem nenhum radicalismo, sem nenhuma intolerância. Nós não aceitaremos mais isso, esse tipo de política, até porque nós já fomos vítimas do radicalismo e da intolerância. E aquele caminho que nós entendermos ser o melhor para o Rio Grande do Norte levaremos aos partidos aliados", comentou o deputado federal ao ser entrevistado pela editoria de Política da GAZETA DO OESTE no dia 20 de janeiro passado, no município de Tibau.

fim do sonho
Em sua primeira tentativa de se candidatar ao Governo do Estado em 2002, o deputado federal Henrique Eduardo Alves viu o sonho antigo de ocupar a função desempenhada pelo seu pai, o ex-ministro Aluizio Alves, ser alterado por um sonho ainda mais alto: ser vice-presidente da República. O nome do potiguar foi cogitado e apontado com grandes chances de ser companheiro de José Serra naquele embate eleitoral.
 Henrique, em 2001, assumiu a Secretaria de Estadual de Assuntos Especiais (SEGOV). A indicação partiu do então governador Garibaldi Alves Filho com o objetivo de viabilizar o nome do primo, como opção para sucedê-lo no comando do Poder Executivo norte-rio-grandense.
  Como titular da Segov, Henrique Alves percorreu o Rio Grande do Norte não só apresentado-se como postulante ao Governo, mas também anunciando ações a serem executadas pelo governo Garibaldi Filho.
  Entretanto, a aliança entre o PSDB e o PMDB para as eleições de 2002 e a possibilidade real de um candidato a vice-presidente da República vinculado politicamente a Região Nordeste, fortaleceu o nome de Henrique Eduardo Alves, que abriu mão da candidatura ao Governo do Estado e passou a trabalhar nas esferas partidárias, o seu nome para ser indicado pelo PMDB para ser candidato a vice-presidente da República.
  O sonho de Henrique Eduardo Alves tanto de ser governador do Rio Grande do Norte quanto vice-presidente da República foi por água abaixo no dia 17 de maio de 2002, por intermédio de denúncias formuladas por sua ex-esposa, Mônica Infante de Azambuja. Ela revelou à reportagem da revista de circulação nacional IstoÉ que o ex-marido era detentor de diversas contas em instituições bancárias localizadas em paraíso fiscais como Nassau, nas Bahamas; Ilhas Jersey, no canal da Mancha; e Genebra, na Suíça.
 A publicação da reportagem com amplo destaque na imprensa nacional sepultou as pretensões de Henrique Eduardo Alves. Ainda em 2002, pelo fato de ter declarado que não concorreria à reeleição como deputado federal quase o levou a derrota. Ao tentar retornar à Câmara dos Deputados, Alves viu as suas bases serem absorvidas à época, pelo ex-deputado Álvaro Dias e pelo ex-deputado federal Nélio Dias. Henrique obteve votação abaixo do esperado, se posicionando entre os últimos colocados na disputa.

do gazeta do oeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário