Decidido. O empresário Fernando Bezerra será mesmo o candidato do
PMDB ao Governo do Estado nas eleições deste ano. A informação é do
prefeito de Espírito Santo, Chico Araújo, que em conversa com o líder do
partido, deputado Henrique Eduardo, foi informado da decisão. “Henrique
Eduardo me disse que a situação do Estado é muito difícil, por isso
precisa de um gerente”, afirmou o prefeito, mostrando-se consciente de
que Fernando Bezerra, com a experiência adquirida nos cargos que exerceu
na vida pública (senador da República, líder dos governos Lula e
Fernando Henrique, ministro da Integração Nacional, presidente da FIERN –
Federação da Indústria do Rio Grande do Norte, presidente da CNI –
Confederação Nacional da Indústria, e principalmente, na iniciativa
privada), poderá fazer um bom trabalho à frente do Governo do Estado a
partir de 2015, “dando um choque de gestão na administração estadual”.
Segundo Chico Araújo, Fernando Bezerra ocupará o espaço deixado por
Garibaldi Filho e Henrique Eduardo, com um dos dois de acordo com o
prefeito seria o candidato natural do PMDB a governador, mas decidiram
não participar do pleito deste ano por entender que podem prestar
melhores serviços ao Rio Grande do Norte onde estão.
Henrique Eduardo na Câmara Federal, tentando a reeleição para a
presidência da Casa, e Garibaldi Filho, como Ministério da Previdência
Social, com a possibilidade de continuar no cargo caso a presidenta
Dilma Rousseff seja reeleita. “Não tenho dúvidas de que Henrique Eduardo
também seria um bom gerente, mas ele prefere ajudar o Estado em
Brasília”, disse o prefeito.
CHAPA DA COALIZÃO
Para compor a chapa majoritária do PMDB com Fernando Bezerra
disputando o Governo do Estado, o prefeito Chico Araújo, que é um dos
históricos do partido, defende o nome da vice-prefeita de Natal, Wilma
de Faria, segundo ele, tendo como vice um nome que agregue que poderá
ser o do deputado João Maia, líder do PR no Estado.
O prefeito não descarta também, uma composição política do PMDB com o
PSD do vice-governador Robinson Faria. Outra alternativa citada pelo
peemedebista histórico é uma aliança política envolvendo, além do PSB,
outros partidos, inclusive de fora da base da presidenta Dilma Rousseff,
a exemplo do PSDB de Rogério Marinho e do DEM do senador José Agripino,
que de acordo com o prefeito de Espírito Santo, uma dessas legendas
também poderia indicar o candidato a vice-governador.
“Temos bons nomes como Rogério Marinho, por exemplo”, observa,
defendendo o que ele chama de “chapa da coalizão em benefício do Rio
Grande do Norte, objetivando tirar o Estado da difícil situação em que
se encontra”. Questionado se o PT ficará de fora desse entendimento, o
prefeito Chico Araújo afirmou o seguinte: “Ao PT compete reeleger a
deputada Fátima Bezerra”.
SILÊNCIO
Apesar da confirmação do prefeito peemedebista, a cúpula do partido
preferiu não se manifestar sobre o assunto. O deputado estadual Walter
Alves, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, e o
ministro Garibaldi Filho foram procurados, mas preferiram o silêncio.
Porém, ressalta-se que em dezembro, Garibaldi afirmou que, por ele, o
nome do partido para o Governo do Estado seria Fernando Bezerra.
Segundo Chico Araújo, Rosalba Ciarlini não tem culpa pela crise do Estado
O prefeito de Espírito Santo, Chico Araújo, do PMDB, isenta a
governadora Rosalba Ciarlini de culpa pela situação considerada crítica a
qual o Rio Grande do Norte chegou no momento, inclusive atrasando
salários dos servidores públicos estaduais. “A grave crise que vive o
Estado é resultado de erros históricos do passado agravada com encargos
que o atual governo Rosalba Ciarlini recebeu, principalmente com relação
a Planos de Cargos e Salários sem que o Estado tivesse caixa suficiente
para honrar os compromissos”, avalia o prefeito.
Diante da grave situação que vivencia o Estado, o prefeito Chico
Araújo diz não ter dúvidas sobre a necessidade do futuro governador
fazer uma profunda reforma administrativa, basicamente através da
extinção de secretarias e outros órgãos públicos que são obsoletos,
superados e perdulários, além da diminuição de cargos comissionados.
Esse propósito, inclusive, foi objeto de conversa entre o empresário
Fernando Bezerra e os líderes peemedebistas, Henrique Eduardo e
Garibaldi Filho no início das conversações quando o ex-senador recebeu o
convite para ser o candidato do PMDB ao Governo do Estado. Em
entrevista a ´O JORNAL DE HOJE, Fernando Bezerra admitiu que poderia
aceitar o desafio de disputar o cargo de governador se tivesse liberdade
para fazer as reformas que o Estado precisa. Recebeu o aval dos líderes
peemedebistas e agora o PMDB trabalha para tornar a candidatura de
Fernando Bezerra competitiva. (JP)
“PMDB não deve fazer aliança com o PSB de Wilma da Faria”
Pré-candidato a deputado estadual este ano pelo PMDB, o ex-presidente
do Diretório Municipal do partido, ex-vereador Luis Carlos, é um dos
defensores intransigentes de uma candidatura de Henrique Eduardo ou
Garibaldi Filho ao Governo do Estado, mas revelou na manhã de hoje que é
um político partidário e nessa condição passará a defender a
candidatura de Fernando Bezerra.
A exemplo do prefeito Chico Araújo, Luis Carlos entende que o Rio
Grande do Norte precisa de um bom gestor público e o empresário e
ex-senador encaixa nesse perfil. “Resta agora, o PMDB trabalhar
intensamente para viabilizar o nome de Fernando Bezerra que está
afastado da política partidária há algum tempo”, observa, lembrando que
Henrique Eduardo e Garibaldi Filho poderão ser mais úteis ao Estado em
Brasília.
Ao ser questionado sobre alianças do PMDB este ano o peemedebista faz
um alerta: “é preciso que o PMDB discuta esse assunto com cuidado. Tem
que ser procurada uma aliança que não atrapalhe, principalmente com
partidos da base aliada da presidenta Dilma Rousseff. Entendo que não
deve ser feita aliança com o PSB da vice-prefeita Wilma de Faria porque o
partido saiu da base da presidenta e apresenta a candidatura do
governador Eduardo Campos para presidente da República. No meu
entendimento, a aliança política do PMDB deve ser feita com partidos
como PT, PR, PSD, entre outros que forma a base governamental”, sugere o
pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB. (J
do portal JH
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