Para ele, esses dados nacionais e estaduais refletem a mudança de combate à corrupção, considerada recente, com as mudanças na legislação, como a reforma política e a aplicação da lei da ficha limpa.
“O mundo começou a se preocupar com a corrupção recentemente. O Brasil era conhecido como o país da impunidade e notou-se que pelo volume de recursos, que estava enfraquecendo as politicas públicas”, disse Carlos José, relembrando o primeiro caso de expulsão no país aconteceu em 2013.
O coordenador do Marcco comentou que as punições existiam, mas em número menor e com uma grande chance do funcionário não ser punido. Agora, com a CGU independente e os trabalhos que acontecem paralelamente nos estados brasileiros, a fiscalização acontece de forma intensiva.
“Não se consegue fiscalizar tudo, mas tem que ter o mínimo razoável de ações e que estas cheguem as punições”, falou.
Formas de punições
Carlos José Cavalcanti comenta que as punições podem acontecer de forma administrativa ou judicial. A primeira é considerada por ele a mais eficaz pela agilidade do trâmite.
Os crimes de corrupção que mais causam as expulsões dos funcionários federais, segundo Carlos José, são os que acontecem nas licitações e contratações de empresas, o recebimento de propina e o uso indevido de cargo público.
Falta de apoio
O que preocupa o coordenador do Marcco é a falta de apoio às corregedorias e/ou controladorias, que poderiam ser melhores estruturadas, o que consequentemente, aumentaria os índices de corrupção em todo o país.
“Nossa preocupação é no foco da corrupção. Desejamos uma corregedoria ou controladoria nos estados e municípios equipadas, para que funcionasse bem, atuando e punindo”, afirmou Carlos.
Ele ainda acrescentou que a CGU têm reconhecimento internacional, mas enfrenta dificuldades orçamentárias, por exemplo. “Está se perdendo o pessoal, que está se aposentando, e não há concurso para substituir àqueles”, detalhou.
Para Carlos José Cavalcanti, o órgão de combate à corrupção deve ter uma ajuda maior do governo federal pelo seu papel fundamental no país para “tirar as maçãs podres”. Outra preocupação, é que os crimes que estão em processos judiciais prescrevam e não aconteça a punição devida.
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