Os servidores da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) votaram
indicativo de greve, para a segunda quinzena de março. A assembleia
aconteceu nesta quarta-feira (29) na Universidade e houve unanimidade na
votação.
O encontro foi promovido pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em
Educação do Ensino Superior do RN (Sintest-RN), que representa tanto os
servidores da Ufersa, como da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (Ufrn). Na Ufrn, o encontro acontece nesta quinta-feira (30) e o
indicativo deve ser confirmado.
Uma das principais reinvindicações é o estabelecimento da data-base,
período agendado para que os servidores públicos recebam um aumento
salarial, de acordo com a inflação.
“Ao contrário de outras categorias, nós não temos uma data-base para a
negociação do aumento salarial. Daí, o Governo só negocia quando quer e
todos os anos temos que fazer greve. Estamos cobrando do Congresso a lei
que estabeleça a data-base para os servidores públicos”, declarou o
coordenador do Sintest, José Rebouças, afirmando que o Sindicato também
quer o adiantamento de reposição salarial que estava agendada para 2015,
para este ano.
Outras reivindicações são, principalmente, referente ao acordo firmado
pela presidente Dilma Rousseff em 2012 e que não foi cumprido. São três
pontos principais desse acordo: Corte de terceirizadas, racionalização
de cargos (realizar ajustes para cargos que não são devidamente
remunerados) e reposição dos aposentados, pois esses recebem um salário
muito baixo.
Na questão do corte das terceirizadas, a presidente prometeu aumentar o
número de servidores públicos, mas, segundo Rebouças, está realizando
justamente o contrário, aumentando cada vez mais o número de
terceirizados. Entre as situações mais críticas, ele aponta a Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares, que provoca a terceirização dos
hospitais universitários.
“A presidente Dilma realizou um monte de promessas, para o servidor
público universitário, mas não teve nenhuma melhoria concreta. Ela não
cumpriu nada”, contestou o sindicalista.
O Sintest também contesta o decreto de lei que está para ser votado que
criminaliza as manifestações de servidores nas ruas. O decreto prevê
prisões e punições administrativas para os protestantes.
“É um crime contra a democracia essa lei, não podemos aceitar. Por
isso, vamos realizar a greve e nos manifestar contrário a isso”, disse.
defato.com
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