quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Servidores da Ufersa aprovam indicativo de greve e Ufrn também deve confirmar

Os servidores da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) votaram indicativo de greve, para a segunda quinzena de março. A assembleia aconteceu nesta quarta-feira (29) na Universidade e houve unanimidade na votação.
O encontro foi promovido pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN (Sintest-RN), que representa tanto os servidores da Ufersa, como da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ufrn). Na Ufrn, o encontro acontece nesta quinta-feira (30) e o indicativo deve ser confirmado.
Uma das principais reinvindicações é o estabelecimento da data-base, período agendado para que os servidores públicos recebam um aumento salarial, de acordo com a inflação.
“Ao contrário de outras categorias, nós não temos uma data-base para a negociação do aumento salarial. Daí, o Governo só negocia quando quer e todos os anos temos que fazer greve. Estamos cobrando do Congresso a lei que estabeleça a data-base para os servidores públicos”, declarou o coordenador do Sintest, José Rebouças, afirmando que o Sindicato também quer o adiantamento de reposição salarial que estava agendada para 2015, para este ano.
Outras reivindicações são, principalmente, referente ao acordo firmado pela presidente Dilma Rousseff em 2012 e que não foi cumprido. São três pontos principais desse acordo: Corte de terceirizadas, racionalização de cargos (realizar ajustes para cargos que não são devidamente remunerados) e reposição dos aposentados, pois esses recebem um salário muito baixo.
Na questão do corte das terceirizadas, a presidente prometeu aumentar o número de servidores públicos, mas, segundo Rebouças, está realizando justamente o contrário, aumentando cada vez mais o número de terceirizados. Entre as situações mais críticas, ele aponta a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que provoca a terceirização dos hospitais universitários.
“A presidente Dilma realizou um monte de promessas, para o servidor público universitário, mas não teve nenhuma melhoria concreta. Ela não cumpriu nada”, contestou o sindicalista.
O Sintest também contesta o decreto de lei que está para ser votado que criminaliza as manifestações de servidores nas ruas. O decreto prevê prisões e punições administrativas para os protestantes.
“É um crime contra a democracia essa lei, não podemos aceitar. Por isso, vamos realizar a greve e nos manifestar contrário a isso”, disse.


defato.com

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