sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Anestesiologistas ameaçam paralisar atividades a partir do dia 15 deste mês

Profissionais vinculados à Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) encaminharam ofício para o Hospital da Mulher, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) informando que paralisarão as atividades a partir do próximo dia 15, caso o pagamento dos plantões e produção não seja efetuado. O valor referente aos trabalhos prestados está atrasado desde maio do ano passado.
Conforme o anestesiologista Ronaldo Fixina, alguns procedimentos realizados pela categoria não vêm sendo pagos pela Prefeitura há mais de seis meses. "O calote institucional se estende desde maio e impossibilita o nosso trabalho", frisa o especialista.
Além da falta de pagamento, os anestesiologistas também queixam-se da falta de condições de trabalho em vários hospitais do Estado. Outro ponto questionado pela categoria é o teto financeiro para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que os trabalhadores não aceitam.
Fixina explica que o teto financeiro é o valor limite pago por paciente. "E não aceitamos em hipóteses alguma esse teto", frisa. O anestesiologista destaca que o profissional não pode recusar paciente de outras cidades só por causa do teto financeiro. "Isso é um problema jurídico que precisa ser resolvido sem afetar o paciente", diz.
Para tentar solucionar essas questões apontadas por Fixina, na manhã de ontem, o prefeito interino Francisco José Júnior (PSD) recebeu representantes da categoria. Na ocasião, ficou acertado que a Prefeitura efetuaria o pagamento de parte da dívida na segunda-feira e ainda na próxima semana faria um levantamento para elaborar um calendário de pagamento.
Ronaldo Fixina enfatiza que a reunião apresentou um avanço, mas a categoria vai aguardar as próximas ações da Prefeitura para decidir se suspendem a paralisação agendada para a próxima semana.
"Se a Prefeitura efetuar o pagamento de produção na segunda-feira e demonstrar boa vontade em resolver a questão, a categoria suspenderá o movimento paredista. Caso contrário, a partir do dia 15, os anestesiologistas cruzarão os braços", alerta.

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