Profissionais vinculados à Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM)
encaminharam ofício para o Hospital da Mulher, Hospital Regional
Tarcísio Maia (HRTM) e a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) informando
que paralisarão as atividades a partir do próximo dia 15, caso o
pagamento dos plantões e produção não seja efetuado. O valor referente
aos trabalhos prestados está atrasado desde maio do ano passado.
Conforme
o anestesiologista Ronaldo Fixina, alguns procedimentos realizados pela
categoria não vêm sendo pagos pela Prefeitura há mais de seis meses. "O
calote institucional se estende desde maio e impossibilita o nosso
trabalho", frisa o especialista.
Além da falta de pagamento, os
anestesiologistas também queixam-se da falta de condições de trabalho em
vários hospitais do Estado. Outro ponto questionado pela categoria é o
teto financeiro para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que os
trabalhadores não aceitam.
Fixina explica que o teto financeiro é o
valor limite pago por paciente. "E não aceitamos em hipóteses alguma
esse teto", frisa. O anestesiologista destaca que o profissional não
pode recusar paciente de outras cidades só por causa do teto financeiro.
"Isso é um problema jurídico que precisa ser resolvido sem afetar o
paciente", diz.
Para tentar solucionar essas questões apontadas por
Fixina, na manhã de ontem, o prefeito interino Francisco José Júnior
(PSD) recebeu representantes da categoria. Na ocasião, ficou acertado
que a Prefeitura efetuaria o pagamento de parte da dívida na
segunda-feira e ainda na próxima semana faria um levantamento para
elaborar um calendário de pagamento.
Ronaldo Fixina enfatiza que a
reunião apresentou um avanço, mas a categoria vai aguardar as próximas
ações da Prefeitura para decidir se suspendem a paralisação agendada
para a próxima semana.
"Se a Prefeitura efetuar o pagamento de
produção na segunda-feira e demonstrar boa vontade em resolver a
questão, a categoria suspenderá o movimento paredista. Caso contrário, a
partir do dia 15, os anestesiologistas cruzarão os braços", alerta.
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