Desde a última quarta-feira, 1º de janeiro, que está proibida a
realização de enquetes e divulgação de pesquisas eleitorais sem
registro.
As limitações fazem parte do calendário eleitoral 2014, definido pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e tem por objetivo inibir o uso de
pesquisas ou enquetes fajutas em favor deste ou aquele candidato.
O cuidado da Corte é louvável, haja vista o histórico negativo das
pesquisas e enquetes eleitorais, quase sempre usadas como instrumento de
tentativa de manipular o voto do eleitor.
No Rio Grande do Norte, essa prática é tão antiga quanto absurda, porém, até aqui nunca combatida de forma eficaz.
Existem, inclusive, institutos que funcionam em torno de grupos
políticos, sempre emprestando os seus números – nem sempre verdadeiros –
a favor do cliente.
Essa prática, absurda, foi vista nas eleições 2012 em Mossoró, quando
um grupo político procurou se beneficiar da estratégia de usar pesquisas
de vários institutos como forma de apontar vitória para a sua chapa. A
candidata Larissa Rosado (PSB) foi tida como eleita por institutos
contratados por sua campanha.
As pesquisas, registradas em nome de jornais e blogs, revelaram números
diferentes da realidade e que foram desmascarados com a abertura das
urnas.
Para se ter ideia, o Instituto Consult colocou Larissa na frente da
prefeita eleita Cláudia Regina (DEM) com mais de 10 pontos percentuais,
quando a margem de erro era 3 pontos. Institutos de fundo de quintal
surgiram no mesmo momento repetindo os mesmos números.
No passado, outros absurdos foram anotados. Em 2006, um instituto de
Minas Gerais desembarcou no RN apontando vitória de Fernando Bezerra
(PMDB) sobre Rosalba Ciarlini (DEM), na disputa pelo Senado, por mais de
160 mil votos de maioria.Pesquisa publicada no dia do voto. Abertas as
urnas, Rosalba venceu a disputa.
defato.com
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