sábado, 4 de janeiro de 2014

Se conseguir liminar no TSE, Cláudia Regina deve terminar 2014 no cargo

Todo ano eleitoral é assim: a Justiça Eleitoral (do primeiro ao último grau) dedica quase todo o seu tempo para o julgamento dos registros de candidaturas. E essa é a previsão para 2014, o que faz com que a defesa da prefeita afastada de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), busque o deferimento da cautelar o quanto antes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conseguindo isso, a gestora volta à Prefeitura e deve terminar o ano no cargo, sem maiores riscos de ser novamente afastada.
O problema é quando essa cautelar será julgada. Afinal, o TSE volta do recesso no próximo dia 7 de janeiro. Contudo, a ministra Laurita Vaz, que relata o pedido, está de férias e, se for aguardar o retorno dela, só próximo mês a cautelar será julgada. “Estamos estudando o que faremos, mas ainda está indefinido”, afirmou o advogado de Cláudia Regina, Kennedy Diógenes.
Segundo o advogado, o pedido de cautelar tem efeito para os três recursos que a prefeita ainda precisa para voltar ao cargo. Cláudia Regina já conseguiu a suspensão de dois, deferidos pela própria ministra. Conseguiu também a suspensão da eleição suplementar, marcada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para o dia 2 de fevereiro.
“A jurisprudência do TSE é essa, só afastar o prefeito depois do trânsito em julgado do processo, quando não couber mais recurso. O pedido de suspensão da eleição também foi baseado em uma jurisprudência do Tribunal, de só realizar a eleição quando não couber mais recurso, até para evitar o gasto desnecessário de recurso financeiro com um pleito que pode ser anulado”, explicou Kennedy Diógenes.
A suspensão da eleição foi concedida no final do ano passado, por decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello. Contudo, o prefeito interino de Mossoró continua sendo Francisco José Júnior, do PSD, porque Cláudia Regina não conseguiu essa cautelar ainda que a permitirá voltar para o cargo – de onde foi afastada em novembro, pelo TRE.
De qualquer forma, o importante é que, conseguindo o deferimento da cautelar, Cláudia Regina tem pela frente um bom período de mandato sem “maiores problemas” com a Justiça Eleitoral. A previsão até seria que os méritos dos recursos movidos na máxima Corte Eleitoral fossem julgados num prazo de seis ou oito meses. Contudo, como se trata de um ano eleitoral, um atraso é quase certo.
“Acredito que ela termina o ano no cargo”, analisou Kennedy Diógenes, ressaltando que a defesa também espera que, no TSE, seja provada a inocência dela. “Conseguiremos a absolvição dela nesses processos. É essa nossa meta”, acrescentou.
Entenda o caso
Cláudia Regina, do DEM, sofreu 10 condenações no primeiro grau da Justiça Eleitoral e teve, até o momento, cinco dessas decisões confirmadas no Tribunal Regional Eleitoral. Já recorreu de todas e conseguiu tornar duas sem efeito até o julgamento do mérito. A expectativa é que, por meio de uma única cautelar, ela consiga tornar as outras três também sem efeito. Aguardando os julgamentos dos méritos “no cargo”.


fonte portal noar

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