A Superintendência da Polícia Federal do Rio Grande do Norte é uma das
unidades do Brasil que obtiveram a pior média de eficiência de 2012. A conclusão é feita a partir de um relatório que foi publicado hoje (4) pelo jornal Folha de São Paulo, que mostra a redução no número de apreensões de cocaína e inquérito concluídos em uma parte dos estados brasileiros.
A reportagem apresenta um mapa do Brasil, mostrando o chamado Índice de
Produtividade Operacional (IPO), que é confeccionado a partir dos dados
que foram encaminhados pelas 27 superintendências do país à direção
geral da PF. O desenho destaca o desempenho dez estados, divididos entre
“piores” e “melhores”. O RN aparece entre os piores do mapa.
O texto, que é assinado pelo jornalista Marco Antônio Martins, afirma
que a produtividade da PF caiu entre 2010 e 2012, com base no relatório
que a Folha obteve acesso. As informações que supostamente embasam a
afirmação do repórter foram publicadas em um boletim da PF, de 3 de
dezembro do ano passado. O documento seria apenas para uso interna da
instituição.
Ainda de acordo com a matéria do jornal paulistano, o indicador foi
criado em 2013 para medir a eficiência policial e leva em conta três
itens: as atividades operacionais, as não operacionais e as
características geográficas. Com isso, a PF deixou de medir a
produtividade policial apenas com base em números de prisões, apreensões
e inquéritos, como é feito em outros países.
O OUTRO LADO
A reportagem do jornal paulistano traz a opinião de Renato Figueiredo e
Carlos Sobral, diretores da Federação Nacional dos Policiais Federais
(FENAPEF) e da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
(ADPF), respectivamente. Os dois criticam a forma como o relatório é
analisado, defendendo aquele não pode ser usado como referência para
medir o desempenho da Polícia Federal. Eles dizem que é preciso
considerar outros fatores.
A equipe do DEFATO.COM tentou contato com a Polícia Federal do RN, por
meio de sua assessoria de imprensa, mas ninguém atendeu as ligações
feitas para os números que estão expostos no site da instituição. A
intenção era obter um posicionamento da Superintendência da PF
norte-rio-grandense sobre o mau resultado obtido pela instituição na
avaliação.
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