O prefeito interino Francisco José Júnior (PSD), entre uma e outra
entrevista, recebeu a reportagem do O Mossoroense para falar dos
primeiros 30 dias à frente da Prefeitura de Mossoró. Nesta entrevista,
ele expõe a situação administrativa que, mesmo com algumas ponderações,
ele julga caótica; fala sobre a base que estava formando para as
eleições suplementares e explica como anda a relação dele com a prefeita
afastada Cláudia Regina (DEM).
OM: Prefeito, um mês à frente da Prefeitura. Como o senhor avalia a mais longa de suas interinidades?
Francisco José Júnior:
Quero deixar claro que eu não tomei a cadeira de ninguém. Assumi a
Prefeitura para cumprir uma determinação judicial. Essa interinidade
está sendo bem mais ampla que as outras duas. Hoje eu tenho um
diagnóstico mais apurado e o município enfrenta muitas dificuldades. Há
atrasos em muitos prestadores de serviços, principalmente da saúde. A
gente está tomando as rédeas da situação no sentido de diminuir custos.
Reduzimos custos de aluguéis de carros, reduzimos da verba de
comunicação e da coleta do resíduo da construção civil. Paralelo a isso
nós estamos trabalhando em outras ações como a auditoria que deve ser
iniciada essa semana onde já há uma média de 2 a 3% de redução da folha.
Hoje em virtude de uma folha de 15 a 16 milhões com o patronal que deve
chegar a 20 milhões já estamos falando de meio milhão em reduções. Além
disso, nós nomeamos uma auditora da saúde, uma servidora de carreira,
Leodise, que formou um conselho gestor de quatro auditores onde abrimos
quatro frentes: na questão de fornecimento, prestadores de serviços,
contratos e na questão de pessoal. A gente acredita que com essas
medidas nós vamos não só reduzir milhares e milhares de reais, mas
também de o município recuperar não só a credibilidade, mas a capacidade
de investimento.
OM: O senhor falou sobre folha de pagamento. Há dados de
quanto a Prefeitura de Mossoró gasta mensalmente com empresas
terceirizadas?
FJJ: Nós temos alguns
valores. Não posso dizer aqui de cabeça, mas o município trabalha com
várias empresas terceirizadas. Tem uma na parte da jardinagem, outra os
motoristas, a parte da saúde, outra na parte de educação, temos
recepcionistas, digitadores e ASGs. É um número que não posso precisar,
mas é algo elevado que nesse levantamento que vamos fazer iremos
detectar a necessidade desse pessoal e também se todos estão
trabalhando. Esse levantamento será não só na folha de pagamento, mas
também nos terceirizados que fazem parte da folha porque prestam um
serviço à Prefeitura. Mas é um valor elevado que não sei precisar agora,
mas posso passar para você numa outra oportunidade.
veja a entrevista completa em http://omossoroense.uol.com.br/index.php/o-jornal/politica-mobile/60089-eu-diria-que-encontrei-a-prefeitura-caotica-no-sentido-financeiro-diz-francisco-jose-junior
Nenhum comentário:
Postar um comentário