O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reveja a resolução que limitou os poderes de investigação do Ministério Público.
De acordo com a resolução 23.3896/2013, o MP tem que pedir à Justiça
Eleitoral para iniciar investigações de crimes como compra de votos,
abuso de poder econômico, entre outros. Caso o pedido não seja atendido,
o Ministério Público Federal irá acionar o Supremo Tribunal Federal.
O pedido de revisão foi divulgado hoje (14) pela assessoria de imprensa
do MPF, por meio de nota publicada em seu site. O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, afirmou que o pedido de revisão é motivado
pela inconstitucionalidade da resolução do TSE. Para ele, “a norma
estabelece limites para a instauração do inquérito policial pelo
Ministério Público“. Assim, se o pedido não for atendido, a maior
instância do Poder Judiciário brasileiro será provocada.
O mecanismo a ser utilizado pelo PGR é a chamada Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIN), que cobrará um posicionamento da Corte
Máxima do Brasil sobre a resolução. O entendimento do Ministério Público
Federal é que limitação contraria a Constituição Federal, que é a norma
maior do ordenamento jurídico brasileiro. Assim, nenhum outro tipo de
lei (neste caso uma resolução) pode viger sem estar de acordo com o que
preceitua a Constituição.
Hoje, o Grupo Executivo da Função Eleitoral do Ministério Público
Federal (MPF) também se manifestou contra a resolução por meio de
abaixo-assinado. Uma moção assinada por todos os membros do grupo pede
alteração de parte da Resolução por considerar que a restrição ofende
diretamente a Constituição Federal, que estabelece como função
institucional do Ministério Público “requisitar diligências
investigatórias e a instauração de inquérito policial”.
A moção cita ainda outros diplomas legislativos que vão em sentido
contrário à resolução. Quem quiser conferir a íntegra do conteúdo, pode
clicar AQUI para acessá-la.
Com informações da assessoria de imprensa do MPF.
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