da Agência Brasil
Brasília – A Justiça do Distrito Federal condenou hoje (16), por
improbidade administrativa, três réus que foram investigados na Operação
Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que apurou a existência de um
esquema de compra de apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito
Federal, que ficou conhecido como mensalão do DEM. Os condenados podem
recorrer da decisão.
O juiz da Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, condenou o
ex-governador José Roberto Arruda, a deputada federal Jaqueline Roriz e o
marido dela, Manoel Neto, a devolverem aos cofres públicos R$ 300 mil,
além do pagamento de danos morais no valor de R$ 200 mil. Com a decisão,
os três condenados ficam com os direitos políticos suspensos por oito
anos, e estão proibidos de ocupar cargo público.
Durval Barbosa, considerado o delator do esquema, também foi
condenado, mas a pena foi extinta devido ao acordo de delação premiada
feito com o Ministério Público (MP).
De acordo com denúncia apresentada pelo MP, Barbosa confirmou à
Justiça que Jaqueline Roriz e Manoel Neto receberam propina de R$ 50 mil
para apoiar a candidatura de Arruda ao governo do Distrito Federal em
2006. Segundo ele, o dinheiro era oriundo de empresas de informática que
pagavam propina para receber contratos com o governo do DF. O delator
também disse que Jaqueline recebeu três rádios Nextel que foram usados
durante a campanha eleitoral dela.
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