A aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido
Socialista Brasileiro (PSB) no ano passado, para as eleições regulares
de Mossoró, foi polêmica. Chegou de cima para baixo, da pressão da
executiva nacional petista. No próximo ano, sem pressão, é bem provável
que também não haja aliança. E, da mesma forma que o PSB deve ter
candidatura própria, mantendo a deputada estadual Larissa Rosado no
páreo, o PT deve lançar um nome, mas este ainda não foi definido no
Diretório Municipal petista.
Para quem não lembra, em 2012, a pessebista Larissa Rosado usava até o
fato de estar com a maioria dos partidos da base aliada da presidente
da República, Dilma Rousseff, do PT, como propaganda pré-campanha. Usou
isso e a possibilidade do PSB deixar, já naquela época, a base aliada do
Governo Federal, como forma de fazer a Executiva Nacional do PT
pressionar o Diretório Municipal do partido a desistir da candidatura
própria e apoia-la.
A ideia sofria resistência pelo PT porque, naquela época, os petistas
também viviam outro momento em Mossoró. O ex-reitor da Universidade
Federal do Semiárido (Ufersa), Josivan Barbosa, ganhava força como
“franco atirador”. Criticava a gestão da então prefeita Fafá Rosado (na
época no DEM e hoje no PMDB) e dizia que o povo “já tinha demonstrado
que não queria” Larissa Rosado.
Mesmo assim, Josivan acabou pagando pela língua. A Executiva Nacional
cedeu à pressão do PSB e vetou a candidatura própria petista em
Mossoró. E mais: fez o ex-reitor apoiar a candidatura de Larissa Rosado,
fazendo-o dividir o palanque, na condição de candidato a vice-prefeito,
com a pessebista.
A chapa perdeu e, de lá para cá, o nome do ex-reitor perdeu força.
Enfraqueceu ainda mais com a condenação de Larissa no primeiro grau da
Justiça Eleitoral, visto que, como a chapa é indivisível, fez com que
Josivan também corra risco de ficar inelegível em caso de nova
condenação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Por outro lado, a relação entre PT e PSB virou. Foram de aliados para
adversários políticos, uma vez que o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, lançou a pré-candidatura dele à Presidência da República, se
tornando opositor ao governo de Dilma Rousseff. Agora, uma aliança não
só não é encorajada, como também é vetada pelos petistas.
Sendo assim, o PT já estuda outras possibilidades e trabalha, sim,
com a possibilidade de candidatura própria. Segundo a imprensa
mossoroense, o jornalista e poeta Crispiniano Neto, advogado Herbert
Mota e o vereador Luiz Carlos Mendonça Martins seriam os nomes do
partido. Luiz Carlos, opositor de Cláudia Regina, por sinal, estaria “a
frente” na disputa.
do portal No Ar
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