A presidente estadual do PSB, vice-prefeita de Natal Wilma de Faria,
disse hoje que ainda não decidiu se apoiará um nome do PMDB para o
governo do Estado. Dedicando as primeiras semanas de fevereiro a visitar
as bases no interior do RN, onde tem mantido conversas com lideranças
de vários partidos, a ex-governadora do Rio Grande do Norte não confirma
a aliança com o partido dos líderes Henrique Eduardo Alves e Garibaldi
Alves Filho. Entretanto, embora sem mencionar com quem, a socialista,
que deverá coordenar o palanque de Eduardo Campos (PSB) no território
potiguar, ensaia o discurso de “união” em favor do estado.
Indagada sobre a provável aliança com o PMDB, Wilma foi taxativa ao
negar qualquer declaração, afirmando que ainda não há decisão. “Não vou
dar declaração sobre isso, até porque, se tivesse alguma decisão, eu já
teria declarado”, afirmou Wilma. “Todo mundo se preocupa em saber quem
vai ser o candidato; ninguém quer saber em unir esforços para tirar o RN
do atraso”, acrescentou.
Na semana passada, Wilma de Faria foi alçada pelo ex-senador Fernando
Bezerra, citado como um dos prováveis candidatos do PMDB a governador
do Estado, à condição de forte candidata a governadora. Bezerra chegou a
afirmar que ele não tinha “estatura política” para disputar o governo
do Estado contra a ex-governadora, o que levou os analistas políticos a
colocarem o PMDB como “refém” de Wilma no atual cenário sucessório.
Bezerra disse, com todas as letras, que só será candidato ao governo, se
tiver Wilma como candidata ao Senado, numa aliança do PMDB com o PSB.
Sobre as declarações de Bezerra, Wilma preferiu silenciar. “Foi a
população que me colocou em posição de destaque para tirar o RN da
crise. Convém conclamar a todos a pensar nesse trabalho, para retirar o
RN dessa situação”, disse a ex-governadora, que tem afirmado que poderá
ser candidata ao governo ou ao Senado.
PMDB
No último sábado, o PMDB, através do seu presidente, Henrique
Eduardo, reuniu prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do partido, para
uma “consulta às bases”. Na oportunidade, Henrique ouviu os
peemedebistas sobre que candidato ao Senado apoiar, pondo como opções
Wilma de Faria e a deputada federal Fátima Bezerra (PT). Além disso,
escutou os liderados sobre quem deveria ser o candidato do PMDB a
governador.
Na primeira consulta, segundo informações que circularam neste final
de semana, os peemedebistas teriam manifestado, quase à unanimidade, a
preferência pelo nome de Wilma de Faria para o Senado. Sobre essa
preferência, a socialista confirmou que os peemedebistas “querem a
gente”, que, na visão dela, “é uma coisa nova”. “É bom porque, de
qualquer forma, é uma preocupação também (sic). O candidato ao governo,
eles querem do partido deles, e querem a gente (PSB ao Senado) que é uma
coisa nova. Significa que eles confiam no meu trabalho também no
legislativo”, disse Wilma, que administrou o governo do RN por duas
ocasiões, preferindo o Senado, em vez de voltar a disputar o comando
estadual. Em 2010, ela disputou o Senado, perdendo para os líderes
Garibaldi e José Agripino Maia (DEM). Este ano, nem Garibaldi, nem
Agripino, disputarão o cargo.
No tocante ao nome do PMDB, Wilma prefere não se envolver, por
considerar questão interna do partido. “Não vou debater; esse debate é
deles”, diz, ao ser instada a opinar sobre o candidato ao governo
peemedebista. As negociações entre o PMDB e o PSB no RN estão
acontecendo desde o ano passado e se intensificaram neste ano. A própria
Wilma tem mantido conversas com os líderes do PMDB, especialmente
Henrique Alves, Garibaldi Filho e o próprio Fernando Bezerra.
Entretanto, a possibilidade de ela vir a optar por uma disputa ao
governo não é descartada por ela, tendo em vista que o seu partido, o
PSB, terá candidato a presidente da República, o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos.
INTERIOR
Sobre as dificuldades de aliança entre PMDB e PSB no interior do
estado, onde, em alguns municípios, como Mossoró, as legendas são
adversárias, Wilma disse que o tema “é assunto para depois, se for
confirmada” a aliança entre pessebistas e peemedebistas. “Só depois.
Hoje mesmo fiz reunião em Umarizal e em dez municípios do Alto Oeste, e
muitas vezes tinham partidos que tinham feito oposição a gente, mas
estavam ali querendo ver como vamos nos postar e ver a união de esforços
para sair dessa situação difícil. Nós vamos às feiras, aos mercados,
aos atos religiosos, e sempre tem pessoas comentando sobre as
dificuldades do Estado. Temos que unir, precisa haver a união no sentido
de debater e discutir os problemas do Estado”.
do portal JH
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