Magnus NascimentoTribunal de Justiça do RN espera publicação de acórdão do Supremo para anunciar as medidas que serão adotadas
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal considerou ilegal a gratificação de 100% para os cargos em comissão do TJRN, mas o benefício ainda será paga na folha de fevereiro. A estrutura remuneratória dos funcionários do TJRN está disponível no Portal da Transparência do órgão e revela como as gratificações influenciam na composição dos salários dos ocupantes de cargos comissionados.
O valor do vencimento de um diretor de departamento, por exemplo, é de R$ 2.050,00. A gratificação de representação representa R$ 3.075,00. O somatório dos dois valores compõe a gratificação de 100%. O resultado final é um montante de R$ 10.250,00, ou seja, cinco vezes o valor do vencimento original.
Além destas garantias, o servidor do Judiciário potiguar ainda recebe outros benefícios aplicados ao salário. É o caso da Gratificação de Técnico de Nível Superior (GTNS) que, apesar do nome, é paga a servidores sem formação em curso superior. O direito a este pagamento, aliás, foi garantido pelos membros do STF no mesmo dia em que a ADI 3202 foi julgada e houve derrota por parte dos servidores em cargo de comissão.
A TRIBUNA DO NORTE fez uma pesquisa na folha de pagamento divulgada no Portal da Transparência do TJRN e encontrou, no mês de dezembro passado, servidores que receberam salário superior ao de juiz ou mesmo desembargador. É um caso de uma servidora cedida do Poder Legislativo que recebeu R$ 49.669,61. Já um assistente em administração recebeu R$ 27.700,95. Segundo Alexandre, as variações nos vencimentos são possíveis também graças as vantagens pessoais de cada servidor e ao plano de cargos, carreiras e salários. “Por conta disso, existe juiz em início de carreira que recebe menos que um determinado servidor”, colocou.
A TN entrou em contato com a assessoria de imprensa do TJRN e questionou, entre outros pontos, quantos servidores estão ocupando cargos em comissão e qual seria o montante na folha de pagamento gerado por essas gratificações. A reportagem quer saber também qual o posicionamento da presidência do Tribunal diante da decisão do STF. Foi enviado e-mail com os questionamentos à assessoria da Corte na última terça-feira. Até o fechamento desta edição, não obtivemos as respostas.
fonte tribuna do norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário