da Agência Brasil
Brasília - O horário de verão, que começou no dia 21 de outubro do ano
passado, termina amanhã (17), quando os relógios devem ser atrasados em
uma hora nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e no Tocantins.
Segundo o neurologista e professor da Faculdade de Medicina da
Universidade de Brasília (UnB) Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, os
impactos do fim do horário de verão sobre a saúde da população são
menores do que quando ele começa. O corpo deve se habituar à mudança
gradualmente e, no período de adaptação, que deve durar em torno de uma
semana, as pessoas tenderão a acordar mais cedo e vão sentir sono mais
cedo à noite. “O ideal seria aos poucos fazer com que o sono fosse
atrasado, de forma que a pessoa acordasse um pouquinho mais tarde”.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), neste ano o
horário de verão gerou uma economia de 4,5% no período de pico (entre
as 18h e as 21h) nos estados em que foi implementado. A mudança é
adotada todos os anos no país para aproveitar melhor a luminosidade do
dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de
pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais
cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
Para o neurologista, o horário de verão é um atentado à saúde das
pessoas. “Perder uma hora de sono pode parecer pouco, mas o cérebro
sente muito mais do que podemos imaginar, não só em termos de cansaço,
mas também na alteração na produção hormonal e na fragmentação do sono”,
aponta. Se o débito de sono for muito acumulado, as pessoas podem
correr riscos, principalmente na hora de exercer atividades que
necessitem de vigília, como dirigir ou operar máquinas.
O horário de verão começa sempre no terceiro domingo do mês de outubro e
encerra no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário