Carro é incendiado após transferência de 37 presos de facção de SC para presídio de Mossoró (RN)

Bombeiro do Rio Grande do Norte combate chamas em carro que foi incendiado logo após a transferência de líderes de facção crimonosa de Santa Catarina para Mossoró (RN)
A Polícia do Rio Grande do Norte investiga um incêndio em um carro ocorrido na noite deste domingo (17), em Mossoró (278 km de Natal). Os policiais querem saber se o incidente tem relação com a transferência de 37 presos --integrantes da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense)-- de Santa Catarina para o Presídio Federal de Mossoró.
O veículo, um Honda Fit, de cor verde, foi incendiado na rua Professor Antônio Campos, na comunidade Alto da Pelonha, no conjunto Geraldo Melo. Até agora, a polícia não localizou o proprietário do carro e investiga se o fogo foi ateado em retaliação a transferência dos 40 integrantes da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense) --37 para Mossoró e três para Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) -- na tarde do sábado (16).
Uma megaoperação realizada pela FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) transferiu os presos em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para o Nordeste e o Norte para tentar conter atos de violência em cidades de Santa Catarina que estão ocorrendo desde janeiro a mando do PGC.
De acordo com a Central de Operações da PM (Polícia Militar), testemunhas contaram que o Honda Fit estava sendo dirigido por um homem quando foi crivado de balas e ateado fogo por homens que vinham em um outro carro, não identificado. O carro ficou destruído, mas ninguém ficou ferido e até agora os homens que abandonaram o carro não foram identificados.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas e a polícia acionou que técnicos do Itep (IInstituto Técnico-Científico de Polícia) recolhessem o veículo para tentar encontrar algum vestígio de perfurações a bala ou ainda impressões digitais de quem dirigiu o veículo na lanternagem do carro.
O Itep não deu prazo para entrega do laudo.

Outras transferências

Apesar de a direção do Presídio Federal de Mossoró não se pronunciar sobre o assunto alegando "questões de segurança" podem ocorrer novas chegadas de criminosos de alta periculosidade a unidade, que está com 98 vagas sobrando.
O tempo de permanência dos novos internos não foi divulgado, como também a identidade deles. Foi no Presídio Federal de Mossoró que o traficante Fernandinho Beira-Mar ficou preso em 2011. A unidade é de segurança máxima e foi inaugurada em 2009.

uol.com