O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) decidiu hoje (1º) que não haverá mudanças na composição
das bancadas de 13 estados para as eleições de outubro. A decisão foi
tomada horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter criado um
impasse, provocado pelo vácuo legislativo, com a falta de uma lei
complementar, para definir os critérios de distribuição das bancadas por
estado. Para resolver a questão, o TSE decidiu validar uma resolução
aprovada em 2010 e manter o número atual de cadeiras.
A polêmica sobre a
mudança no número de deputados por estado começou após decisão do TSE,
em abril do ano passado, ao julgar recurso apresentado pela Assembleia
Legislativa do Amazonas. A assembleia alegou que a representação do
estado na Câmara dos Deputados não condizia com o número de habitantes,
pois tinha como referência um censo defasado.
O Legislativo
amazonense argumentou que estados com menor população, como Alagoas e
Piauí, têm maior representatividade na Câmara – com nove e dez deputados
federais, respectivamente, enquanto o Amazonas tem oito.
Conforme a decisão
do TSE, perderiam uma cadeira os estados de Alagoas e Pernambuco, do
Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ficarão sem
duas cadeiras a Paraíba e o Piauí. Ganhariam uma cadeira o Amazonas e
Santa Catarina; duas cadeiras, o Ceará e Minas Gerais. O maior
beneficiado seria o Pará, com mais quatro deputados.
A nova composição
das bancadas foi definida de acordo com o Censo de 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cálculos levaram em
conta a população do estado e os números mínimo (oito) e máximo (70) de
parlamentares permitidos por lei para uma unidade da Federação, além do
quesito de proporcionalidade exigido pela Constituição.
No entanto, em
novembro do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o Decreto
Legislativo 1.361/13, que anulou a resolução do tribunal sobre o número
de deputados de cada estado para as eleições de outubro. Ao retomar o
julgamento da questão, no dia 27 do mês passado, os ministros do TSE
decidiram derrubar o decreto e restabelecer a decisão original. (Agência Brasil)
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