Em convenção realizada no domingo passado, no Complexo Cultural de
Natal, o presidente do Partido Social Democrático no Rio Grande do
Norte, Robinson Faria teve o seu nome homologado como candidato ao
Governo do Estado em uma aliança com o Partido Comunista do Brasil (PC
do B), que indicou o deputado estadual Fábio Dantas como candidato a
vice-governador e com o Partido dos Trabalhadores (PT), que apresentou a
deputada federal Fátima Bezerra como candidata ao Senado da República.
Além do PSD, PC do B e PT, integram a aliança o Partido Progressista
(PP), o Partido Ecológico Nacional (PEN), Partido Trabalhista Cristão
(PTC), Partido Trabalhista do Brasil (PT do B), Partido Republicano
Trabalhista Brasileiro (PRTB) e Partido da Pátria Livre (PPL).
O ato político que referendou a postulação do vice-governador
Robinson Faria foi prestigiado por lideranças políticas de todas as
regiões do Rio Grande do Norte, inclusive representantes de agremiações
partidárias que estão ligadas ao candidato PMDB, deputado Henrique
Eduardo Alves, como foi o caso do empresário Rútilo Coelho que não
aceitou acompanhar a decisão do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em
apoio ao chamado “acórdão do PMDB” e foi defenestrado do cargo de
presidente do diretório municipal do PDT. “Rútilo foi uma das vítimas do
acórdão”, comentou uma liderança política durante a convenção de
domingo passado em Natal.
Também chamou a atenção a presença do deputado federal Betinho Rosado
que, antes da convenção que homologou a candidatura de Robinson Faria,
realizou uma convenção cartorial, onde oficializou a aliança com o PSD,
PT e PC do B, que integram a base de apoio do governo Dilma Rousseff
(PT) em nível de Rio Grande do Norte. Durante toda a semana passada,
especulou-se a presença do PP no palanque de Robinson Faria. O deputado
federal mossoroense chegou a ser cogitado nos meios políticos como um
possível companheiro de chapa de Robinson, no entanto, na convenção
estadual do PP, foi confirmada a sua candidatura à reeleição.
A tônica dos discursos foi baseada na reação ao forte aparato
partidário montado pelo PMDB em torno da candidatura do deputado federal
Henrique Eduardo Alves, que reuniu 18 agremiações partidárias, além de
contabilizar seis ex-governadores do Estado em seu palanque.
“A minha posição é muito clara e objetiva: Robinson e Fátima, juntos,
abre-se a possibilidade de derrotar o acórdão. No outro palanque está o
continuísmo, pois a mudança está aqui”, declara o presidente do
diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Natal, Juliano
Siqueira.
O sentimento também foi compartilhado pelo deputado estadual Fernando
Mineiro (PT). Para ele, existe na população uma ânsia por mudança. “Lá é
um acórdão, um arrumado para divisão de cargos e manutenção dos espaços
entre eles”, ressaltou o parlamentar petista. “Vemos claramente o
desejo da sociedade potiguar por mudanças”, acrescentou Mineiro.
A deputada federal Fátima Bezerra, que tentará buscar um assento no
Senado da República, fez um discurso enaltecendo a qualidade do palanque
dentro da aliança com o PSD, PC do B e outras agremiações. Fátima
também ressaltou a coesão do bloco, formando essencialmente por
agremiações partidárias que integram a base de apoio de Dilma no RN.
Fátima Bezerra falou a respeito do seu novo desafio e afirmou que
pretende trabalhar de forma ainda mais contundente pela educação e para,
ao lado da presidenta Dilma Rousseff, contribuir com os grandes debates
do país. A candidata petista afirmou também que, uma vez eleita, será
uma voz no Senado da República em temas importantes, como o pacto
federativo, as reformas política e tributária, entre tantos outros.
“Vamos fazer uma campanha militante e não quero assumir uma cadeira
tão importante para o Estado e para o país para ter prestígio pessoal. O
Senado não é lugar para aposentadoria de ex-governadores ou para fim de
carreira de políticos. É um lugar para trabalhar com dedicação e
determinação em prol do Rio Grande do Norte e também do Brasil”,
destacou Fátima Bezerra após homologação da candidatura em convenção.
A candidata ao Senado destacou que a aliança liderada pelo PT e PSD
fez história, quando resistiu às investidas do grupo adversário e optou
por um projeto coerente e em defesa dos principais anseios dos
potiguares.
Ao rememorar a trajetória política, oriunda das classes populares, e o
idealismo que rege sua história e vida pública, a deputada federal
Fátima Bezerra observou também que nunca deixará de estar ao lado de
quem mais precisa. “Vamos continuar nossa forma de fazer política, com
coerência, ética e verdade”. E completou, conclamando a todos e todas a
fazerem “uma campanha militante e propositiva, onde possamos discutir
mais educação, saúde, segurança, juventude”.
Ela agradeceu a parceria do PSD, PC do B, PEN, PP e PTdoB, PP e PRTB –
partidos aliados – e chamou a todos os candidatos a deputado estadual e
federal a se unirem a Robinson e Fábio em prol de um projeto sério,
unido com os avanços do Governo Federal e merecedor do voto dos
potiguares.
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