O que deveria ser uma solenidade marcada
apenas pela emoção, por ser um marco na saúde de Mossoró e região,
terminou se transformando numa “praça de guerra”. Mas entre mortos e
feridos, escaparam todos.
A inauguração ontem (sexta-feira, 3) à
noite do Hospital da Solidariedade (Hospital do Câncer de Mossoró),
empreendimento tocado pelo hematologista Cure de Medeiros, ensejou
confronto entre claques políticas, com provocações verbais, gestuais e
bate-bocas.
Por pouco os manifestantes e algumas figuras proeminentes da política não tiram o brilho do evento.
Passou praticamente despercebido, por
exemplo, o arranca-rabo entre as primas e adversárias Rosalba Ciarlini
(DEM) e Sandra Rosado (PSB), respectivamente governadora e deputada
federal.
Rosalba postou-se à frente de Sandra e da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), encobrindo-as com o corpo, diante de focos de holofotes, câmeras de TV´s e lentes de fotógrafos, na ala reservada às principais autoridades.
Sandra não gostou. Pediu para ela sair,
perfilando-se como as demais pessoas. A governadora amuou-se e rosnou à
cobrança, rotulada pela prima como “falta de educação”. Mais: “Uma
indelicadeza”.
- Aprendi com você – retrucou Rosalba, revirando a cabeça em quase 180 graus, com olhos que tentavam mirar Sandra.
Como a deputada não se calou, a governadora resolveu sair.
As claques oficiais com manifestações próprias de campanhas políticas também deixaram sua marca.
Entre os manifestantes, alguns casos isolados de uso de expressões grosseiras e gestuais que seriam repreendidos com rigor até mesmo em bordéis.
O deputado estadual Leonardo Nogueira
(DEM) foi “esquecido” em discurso de Cure. Ficou tiririca e saiu antes
do término da solenidade.
O quiproquó nos bastidores sobrou até pro cerimonial, que recebeu pressão para vetar nomes à oratória.
Ao discursar, Rosalba pediu a “união” e
“mãos dadas” de todos em favor da saúde. Porém sua voz foi entrecortada,
duas vezes, por Larissa (sem microfone): “Governadora, libere minha
emenda para a Casa de Apoio”.
Diante da insistência, Rosalba abriu
parêntese em sua oratória para respondê-la: “Quando passar esse arrocho
eu libero pra você”.
Larissa a redarguiu: “Para mim, não. Para a Casa de Apoio”.
E assim caminha a provinciana política mossoroense….
do blog Carlos santos
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