Decisão no TRE pode tirar Larissa Rosado da eleição suplementar de Mossoró
Ofuscada pelo afastamento da governadora
Rosalba Ciarlini (DEM), a prefeita Cláudia Regina (DEM) e o vice,
Wellington Filho (PMDB), foram novamente condenados na tarde desta
terça-feira (10), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), fato que
reforçou a eleição suplementar de Mossoró. O curioso da situação é a
autora do processo que provocou a cassação (e boa parte das outras
condenações da dupla de gestores), a deputada estadual Larissa Rosado,
vai a julgamento na Corte Eleitoral nesta quinta-feira (12) por uma
condenação sofrida em primeiro grau. Se for novamente punida, Larissa
fica, também, inelegível, sendo impedida de disputar o novo pleito,
previsto para março. A cassação de Larissa Rosado é consequência de uma decisão datada de
março do juiz eleitoral Herval de Sampaio Júnior, da 33ª zona eleitoral,
o mesmo que sentenciou Cláudia Regina seis vezes este ano. A deputada e
o ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa),
professor Josivan Barbosa (PT), que foi o vice da chapa dela, tiveram os
registros de candidatura cassados e se tornaram inelegíveis por oito
anos por abuso de poder econômico, qualificado pela utilização dos meios
de comunicação mossoroenses de forma irregular por parte da deputada.
“Hoje, Larissa não está inelegível porque a decisão de primeiro grau
depende da confirmação numa corte colegiada para ser validada”, explicou
o advogado Marcos Araújo, que defendeu Larissa Rosado no pleito de 2012
e, também, foi o autor de boa parte dos processos contra Cláudia
Regina, que provocaram a cassação da prefeita 10 vezes nas zonas
eleitorais e duas vezes no Tribunal Regional Eleitoral.
Tendo sido condenada duas vezes no segundo grau, inclusive, fica cada
vez menos viável um retorno da prefeita de Mossoró até a realização da
eleição suplementar em Mossoró. Hoje, por exemplo, seriam necessários
dois efeitos suspensivos conseguidos no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para que a gestora pudesse voltar ao cargo. Por isso, é bem
verdade que o grupo governista já começa a traçar planos alternativos
para o novo pleito.
E, desta forma, se Larissa é o principal nome da oposição, o vereador
e atual prefeito interino Francisco José Júnior, o Silveirinha, do PSD,
é tido como a opção governista. Além dele, outro nome especulado seria
Betinho Segundo, do PSC, filho do deputado federal Betinho Rosado.
Nenhum dos dois, no entanto, é filiado ao DEM, o que representaria a
confirmação do “controle” do partido na Capital do Oeste.
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