O casal Rosa-Rosado deixou de implementar um governo austero logo no primeiro ano de mandato.
Dotado de uma incompetência política
congênita, recusou-se a fazer uma auditoria técnica circunstanciada da
dívida de mais de R$ 800 milhões que recebeu dos antecessores Wilma de
Faria (PSB) e Iberê Ferreira (PSB).
Preferiu o marketing açucarado da
lua-de-mel com o poder em vez de explorar adequadamente as condições
pré-falimentares das finanças estaduais.
Ocupou-se em demasia com a política menor, a baixa política: cooptar maioria no Legislativo, romper com o vice, afastar o gabinete civil, transformar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em moeda política, mostrar força eleitoral na pátria-amada Mossoró.
Daí pipocaram as greves e paralisações,
as justas e as sempre oportunistas; o desgaste inevitável com um
Judiciário famélico e um Ministério Público insaciável; o sucateamento
progressivo e criminoso da Saúde, Educação e Segurança. A desordem, o
atrito, a falta de controle, o mau desempenho.
Além de uma composição de auxiliares cujo perfil deixa a desejar, se é que ainda resta algum desejo, público ou secreto.
Enfim, um governo encalacrado, ou mais
que isso: em pleno estado de necrose administrativa. E a constatação
inevitável: o RN tem a pior classe política de todos os tempos.
Numa situação de extrema dificuldade
como essa, que afeta diretamente o Estado e seu principal objetivo, que é
o bem-estar do cidadão, as lideranças políticas parecem estar se
lixando para o problema. Tudo o que lhes interessa é tão somente
discutir as eleições de 2014, pautadas precocemente em razão dos quase
90% de impopularidade da governadora-zumbi.
Paralisada e fechada em copas para os
interesses prementes e imediatos do povo, a classe política papa-jerimum
reverbera harmônica seu tonitruante recado: “Quanto pior esteja agora, a
situação do Rio Grande do Norte, tanto melhor será para nós, políticos
profissionais, nas eleições do próximo ano”.
Paulo Sérgio Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário