Servidores
estaduais da Educação, Saúde e Administração Indireta realizaram mais
um protesto esta manhã. Para Santino, atitude do Governo é
“desrespeitosa e criminosa”. Foto: Wellington Rocha
Nada está tão ruim que não possa piorar. Logo no início do mês do “desgosto”, diversos servidores resolveram cruzar os braços em protesto contra a administração do estado do Rio Grande do Norte. Primeiro foi com a Saúde, que deflagrou greve ontem, e logo mais virá uma paralisação na Educação, uma vez que os educadores votaram indicativo de greve para o dia 12 de agosto em todas as escolas do sistema público estadual.
Como se já não fosse uma pressão suficiente para atingir o Governo, ainda há a leva dos servidores da administração indireta que querem se unir aos protestos. Diante desse cenário, há quem se pergunte: a máquina governamental vai parar? Para o presidente do Sinai, Santino Arruda, o “Governo está tomando uma atitude desrespeitosa e criminosa” ao não garantir os direitos reivindicados pelos profissionais.
No caso dos servidores da Administração Indireta, o maior problema está na atual suspensão de pagamento do terço de férias. “A governadora está cometendo um atentado à Constituição do Brasil que prevê o pagamento das férias. A sociedade precisa entender e compreender melhor o Governo que existe no Rio Grande do Norte, para dizer em alto e bom som que esse Governo não interessa à população”, declarou Santino Arruda.
“A realidade é essa: greve na saúde, greve na educação e possíveis greves nos outros setores, pois todos eles estão oferecendo serviços precários à população e aos seus profissionais”, afirmou o presidente do Sinai. Ainda segundo Arruda, o Sinai estará realizando assembleia em todos os setores da Administração Indireta neste mês de agosto. “Certamente o último recurso ao qual podemos recorrer é a greve. Já imaginou todos os setores pararem suas atividades por causa da incompetência e falta de compromisso dessa gestão?”, refletiu o sindicalista.
A briga entre a categoria dos professores e o poder público estadual, que deve inúmeros direitos dos profissionais da Educação, é só mais um capítulo na história de lutas que vem tomando corpo ao longo das semanas no RN. Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, o descumprimento de ordens da instância máxima do Supremo Tribunal Federal (STF) e falta de cumprimento do Plano de Cargos e Salários é suficiente para que os professores não venham mais obedecer ao aumento da carga de responsabilidades e oficializem a greve.
“Nós estamos resistindo e não iremos nos desdobrar a um Governo que não cumpre lei. Nossa entidade tem uma representação de mais de 45 mil trabalhadores em todo o Rio Grande do Norte e isso irá pesar contra o governo, quando cruzarmos os braços juntos aos outros servidores do Estado”, afirmou Fátima Cardoso, presidente do Sinte.
“Tentamos negociar de todas as formas antes de tomarmos a decisão da greve, mas o Governo não nos apresenta nenhuma solução para o plano de carreira dos funcionários, pagamento das horas extras em atividades e licenças reprimidas, além das escolas sucateadas. É humanamente impossível resistir à tentação desse enfrentamento nas condições em que nos encontramos”, declarou Fátima.
fonte portal JH
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