O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse na manhã
desta quarta-feira que o PMDB vive um momento de indefinição política no
Estado do Rio Grande do Norte, mas admitiu que o partido, em vez de
romper, apoie a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). A
declaração do ministro surge num momento de afirmação, por parte dos
peemedebistas, da aliança entre o partido e o governo Rosalba Ciarlini.
“O PMDB pode apoiar a reeleição de Rosalba. Depende do partido se
reunir, uns defenderão o apoio à reeleição, outros o rompimento. Mas
isso só quando, formalmente, se consolidar o ambiente para essa decisão.
E vai ganhar a maioria”, declarou o ministro. “Continuo com o
entendimento de que não serei candidato”, afirmou, declarando que o
apoio do PMDB à reeleição de Rosalba “é o que está na ordem do dia, se
apoia, se não apoia”. Para ele, a questão “continua, não está resolvida,
não é nem mal resolvida; é qual vai ser a decisão”.
A nova posição do ministro Garibaldi sobre o quadro de alianças
estadual surge após um período de ceticismo em que o próprio auxiliar da
presidente Dilma Rousseff admitia a possibilidade de romper com o
governo. Na manhã desta quarta, ao opinar sobre a declaração do deputado
estadual Agnelo Alves (PDT), que nesta terça declarou “duvidar” que
Garibaldi e Henrique apoiem a reeleição de Rosalba, o ministro afirmou
que o fato não é tão previsível. Ao avaliar as declarações do tio,
Garibaldi afirmou que o PMDB vive um momento de indefinição, e que tanto
poderá apoiar a reeleição de Rosalba, como não. Vai depender do partido
que, segundo ele, irá decidir por sua maioria.
“Agnelo é uma pessoa que tem toda uma convivência conosco ao longo
desses anos todos e inclusive, politicamente, estivemos juntos, durante
muitos anos, sob a militância de Aluizio Alves. E ele me conhece bem, a
partir do fato de que foi ele que me ofereceu a primeira oportunidade na
vida pública, porque eu fui chefe de gabinete dele, na Prefeitura de
Natal, quando ele foi prefeito, ainda no final da década de 60. Mas,
existe uma frase de um famoso escritor e pensador chamado José Ortega y
Gasset, que diz que o homem é a sua circunstância. As circunstâncias que
nós estamos vivendo não estão sendo vivenciadas hoje por Agnelo. Então,
ele pode até acertar no prognóstico dele, mas ninguém pode, de maneira
nenhuma, assegurar que ele está certo. Porque o partido está vivendo uma
fase de indefinição. Ainda vai discutir o assunto”, disse o ministro ao
Jornal de Hoje.
Ressaltando o momento de incertezas do PMDB quanto ao futuro político
no RN, o ministro da Previdência ressaltou o peso das opiniões tanto
dele quanto de Henrique junto ao processo decisório, pela contribuição
que ambos deram durante a vida inteira, no entanto, ele destaca que o
futuro do PMDB não será decidido por ele e Henrique, mas pela própria
legenda. “Claro, eu não quero ser hipócrita – eu tenho horror à
hipocrisia -, e nós dois não decidimos, mas temos influência, eu e
Henrique, até pela contribuição que demos a vida inteira, mas nós dois
não decidimos sozinhos. Vamos ouvi-los, vamos ouvir o partido. Eu vejo
nesse contexto, nós não podemos tomar as coisas dentro de um
absolutismo. A essa altura, ninguém pode bater o martelo, num momento
desses. É um prazo mais alongado, que, sobretudo, se deve a um apelo de
Henrique, e nós estamos atendendo, e vamos decidir só no início do
próximo ano. Aí veremos se Agnelo tem ou ao tem razão”, completou o
ministro.
Garibaldi disse ainda concordar com Agnelo, quando este diz que o
“cavalo está passando selado” para o PMDB, numa referência ao fato de
que o partido teria condições de disputar e conquistar o governo do
Estado. Entretanto, dependerá de como ficará o quadro político. “Até
concordo com ele, acho que o PMDB tem muita chance na próxima eleição,
mas tudo isso vai passar por essa incógnita de hoje, de que nós vamos
ter que decidir se apoiamos a candidatura da atual governadora à
reeleição. Eu acho que o PMDB tem realmente muita chance, mas vai
depender de como ele vai se colocar neste tabuleiro político ainda”.
do portal JH
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